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Lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Por: Publicado em 9 setembro, 2024

4 min. de leitura

Falta de tratamento pode agravar o quadro do paciente e tornar o tratamento cirúrgico mais complexo

O tendão de Aquiles, também chamado de tendão calcâneo, faz a ligação dos músculos da panturrilha com o osso do calcanhar, sendo considerado o tendão mais forte do corpo humano. Esse tendão é responsável por fazer o movimento de elevação dos pés, sendo uma estrutura fundamental para a execução das atividades diárias.

Pelo fato de ser um tendão primordial nas atividades do dia a dia, ele recebe impactos constantemente em diversos tipos de atividades, como caminhar, correr e praticar esportes, ficando, portanto, sujeito a lesões que podem comprometer sua integridade.

Neste artigo, vamos abordar sobre a lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles, uma condição séria que pode prejudicar a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.

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Como acontecem as lesões do tendão de Aquiles?

Na maioria dos casos, as lesões do tendão de Aquiles ocorrem por impacto, quando é realizada uma contração brusca associada ao alongamento brusco do tendão, durante uma interrupção do movimento. Esse impacto pode ocasionar a ruptura do tendão de Aquiles. O risco pode ser ainda maior em pacientes com tendinopatia prévia, ou seja, quando já há uma degeneração da estrutura do tendão.

Infelizmente essa lesão frequentemente passa despercebida no primeiro atendimento, tornando-se uma lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles. Com isso, muitas vezes o paciente retorna para casa achando que está tudo bem, só descobrindo a lesão diversas semanas depois, após não haver melhora no quadro clínico, caracterizado por:

  • Perda de força para se elevar na ponta do pé;
  • Alteração de marcha, com dificuldade para caminhar normalmente;
  • Hematomas (manchas arroxeadas na parte de trás do tornozelo;
  • Pouca dor (em geral, não é uma lesão muito dolorosa)

Como o diagnóstico é realizado?

O diagnóstico é realizado pelo ortopedista por meio do exame físico com a palpação do tendão para sentir a área de falha onde ocorreu a ruptura. Além disso, o teste de Thompson é altamente eficaz na detecção desse tipo de lesão, sendo capaz de diagnosticar praticamente 100% dos casos da lesão de Aquiles. Esse teste consiste na compressão da panturrilha com o paciente deitado de bruços, com consequente resposta motora do pé. Se houver a flexão plantar do tornozelo após essa manobra, significa que o tendão está íntegro. Em geral, a lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles ocorre devido a não realização desses exames no primeiro atendimento.

Já os exames de imagem podem atuar de forma complementar para um melhor planejamento cirúrgico da lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles, apesar de não serem necessários para fins diagnósticos.

Qual é a importância do diagnóstico precoce?

Quando essa lesão é diagnosticada precocemente, o tratamento cirúrgico torna-se consideravelmente mais simples. Em grande parte dos casos, é possível tratar o problema realizando a sutura direta do tendão por meio de métodos minimamente invasivos, que envolve um pequeno corte na pele (de 2 a 3 cm).

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Lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles: quais são os riscos?

O grande problema de uma lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles é quando ela se torna crônica. Após o período de duas a três semanas sem tratamento, em muitos casos já não é possível realizar a sutura de ponta a ponta do tendão, uma vez que o tendão se retrai ao longo do tempo.

Além disso, quanto maior o tempo decorrido até o tratamento, maior a atrofia muscular sofrida pelo paciente, aumentando o tempo de recuperação e potencialmente o risco de sequelas funcionais após a lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles.

Tratamento para lesão não diagnosticada do tendão de Aquiles

Em casos de lesões crônicas, o procedimento cirúrgico se torna mais complexo. Primeiramente, é necessário fazer a ancoragem do tendão de Aquiles no osso calcâneo. Posteriormente, é necessária a realização da transferência de outro tendão para auxiliar na função do tendão de Aquiles lesionado.

Apesar da maior complexidade do procedimento, atualmente ele também pode ser realizado por uma técnica pouco invasiva, que envolve apenas pequenos cortes na pele, propiciando um menor risco de complicações, reabilitação mais rápida e menor risco de sequelas funcionais.

Felizmente, as técnicas atuais, menos invasivas, proporcionam ótimos resultados funcionais até mesmo nas cirurgias para tratar lesões não diagnosticadas do tendão de Aquiles (lesões crônicas do Aquiles).

Para mais informações sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Guilherme Honda, ortopedista especialista em pé e tornozelo.

 

Fontes:

Honda Saito, Guilherme et al. Open Re-rupture of the Achilles Tendon Following Minimally Invasive Repair: A Case Report. Journal of Foot and Ankle Surgery 2018

Maffulli N, Loppini M, Longo UG, Maffulli GD, Denaro V. Minimally invasive reconstruction of chronic achilles tendon ruptures using the ipsilateral free semitendinosus tendon graft and interference screw fixation. Am J Sports Med. 2013 May;41(5):1100-7. doi: 10.1177/0363546513479017. Epub 2013 Mar 6. PMID: 23467554.

Phisitkul P. Updates in the Management of Acute and Chronic Lesions of the Achilles Tendon. Foot Ankle Clin. 2019 Sep;24(3):xv-xvi. doi: 10.1016/j.fcl.2019.05.003. Epub 2019 Jun 18. PMID: 31371003.

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