Condição inflamatória ou degenerativa pode atingir o tendão de duas formas diferentes
Localizado na região do calcanhar, o tendão de Aquiles (também chamado de tendão calcâneo) é o mais forte do corpo humano. Por conectar os músculos da perna ao pé, ele é capaz de suportar grandes cargas de peso, tensão e movimento durante todo o tempo.
No entanto, o processo inflamatório ou a degeneração do tendão pode levar à tendinopatia ou tendinite de Aquiles, uma condição que pode causar dor, desconforto e outros sintomas muitas vezes incapacitantes.
Essa condição pode ser causada por diversos fatores, tanto externos — como o uso de calçados inadequados, o excesso de peso e a realização inadequada de atividades físicas — quanto intrínsecos ao próprio paciente, como a predisposição genética, o envelhecimento e a presença de outras doenças.
Existem dois tipos de tendinopatias de Aquiles. Conhecê-los é importante para que, no momento diagnóstico, sejam devidamente identificados para que o paciente seja encaminhado para o tratamento correto. Entenda mais no conteúdo a seguir.
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Quais os tipos de tendinopatias de Aquiles?
Quando a doença é diagnosticada, o paciente pode ter um dos dois tipos de tendinopatias de Aquiles: insercional e não insercional. Esses tipos podem ser classificados de acordo com a parte do tendão inflamada.
Tendinopatia insercional
A tendinopatia insercional é um tipo de tendinopatia de Aquiles que ocorre quando a parte inferior do tendão, que se conecta com o calcanhar, está inflamada. Esse tipo de tendinopatia de Aquiles pode vir associado a outras condições, como a deformidade de Haglund, caracterizada por uma proeminência óssea no calcanhar que pode comprimir o tendão e piorar a inflamação.
Tendinopatia não insercional
Esse tipo de tendinopatia de Aquiles ocorre nas fibras do tendão, numa área acima de sua inserção no calcanhar (de 2 a 6 centímetros). Por conta de sua ocorrência em uma área mais fibrosa, é comum identificar um espessamento maior do tendão por causa das sucessivas tentativas do organismo de cicatrizar a degeneração.
Quais são os sintomas das tendinopatias de Aquiles?
Os dois tipos de tendinopatias de Aquiles podem se manifestar com os seguintes sintomas:
- Dor intensa em atividades de movimento e impacto (como ao andar, correr, subir escadas e rampas) que melhora com o repouso;
- Dificuldade de movimentar a área afetada;
- Inchaço e vermelhidão na região do calcanhar;
- Estalos na região do tendão;
- Espessamento notável do tendão de Aquiles.
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Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de uma tendinopatia de Aquiles pode ser feito pelo médico ortopedista no próprio consultório, a partir da análise da história clínica do paciente e um exame físico. Dessa forma, também é possível identificar qual o tipo de tendinopatia de Aquiles afeta o paciente.
Ainda assim, é comum que sejam realizados exames de imagem — como a ressonância magnética e a radiografia — que atuam como ferramentas de complementação diagnóstica que possibilitam a visualização da lesão no tendão e o descarte de diagnósticos diferenciais.
Opções de tratamento para os tipos de tendinopatias de Aquiles
Os dois tipos de tendinopatias de Aquiles podem ser tratados de forma conservadora ou cirúrgica. O tratamento conservador é o mais amplamente realizado e tem como principal objetivo aliviar os sintomas e promover a desinflamação do tendão.
Isso é realizado por meio de um conjunto de exercícios específicos que têm o intuito de realinhar as fibras do tendão de Aquiles e aliviar a dor. Esses exercícios podem ser realizados em conjunto com a fisioterapia, a suspensão de atividades de impacto e o uso de medicamentos anti-inflamatórios.
Embora possa ser realizado em ambos os tipos de tendinopatias de Aquiles, o tratamento cirúrgico costuma ser mais recomendado quando o paciente é diagnosticado com a tendinopatia insercional. No procedimento cirúrgico, é feita a retirada dos tecidos degenerados e, caso haja necessidade, implantação de um reforço com o auxílio dos tecidos de outro tendão.
A recuperação exige cuidados como o uso de bota ortopédica e sessões de fisioterapia. Em geral, é comum que o paciente esteja completamente recuperado em até dois meses após a cirurgia.
O Dr. Guilherme Honda é médico ortopedista especialista em tratamentos de condições que atingem o pé e o tornozelo, como a tendinopatia de Aquiles. Entre em contato e agende já uma consulta.
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Fontes: