Procedimento é indicado para o tratamento do esporão ósseo observado nos casos leves e moderados de hálux rígido
O hálux rígido se caracteriza pelo desgaste da articulação do dedão. Inicialmente é observado o crescimento de esporões ósseos ao redor da articulação, levando a quadro de dor e diminuição de mobilidade do dedo. Em casos mais graves, ocorre degeneração da cartilagem articular, podendo levar a quadro de artrose grave.
A queilectomia é a cirurgia indicada em determinados casos de hálux rígido, visando a remoção do esporão que se forma ao redor da articulação..
Quais são as indicações da queilectomia?
Como dito, a principal indicação da queilectomia são os casos de hálux rígido com crescimento ósseo ao redor da articulação. O procedimento, porém, é indicado para os casos leves e moderados da doença, uma vez que em casos avançados, quando há artrose generalizada da articulação, a remoção dos esporões durante a queilectomia não será eficiente no alívio das dores. Para esses casos mais graves, em geral é indicada a artrodese da articulação.
Durante a queilectomia, o crescimento ósseo em excesso sobre a articulação do dedão é removido, promovendo a recuperação da mobilidade e melhorando os sintomas dolorosos.
Em alguns casos, quando é constatada que a melhora na mobilidade não foi devidamente atingida somente com a queilectomia, pode ser realizado um procedimento de forma complementar, chamado de osteotomia de Moberg. A cirurgia consiste em um corte ósseo no dedão, promovendo melhora da mobilidade e descompressão da articulação.
Como é a preparação para a queilectomia?
É fundamental uma avaliação rigorosa para o planejamento da queilectomia. Além da avaliação clínica realizada no consultório, é sempre recomendada a realização de exames complementares, como radiografias, tomografia ou ressonância magnética, para avaliação da extensão do problema e escolha do procedimento mais adequado para o caso. Através da avaliação desses exames, o médico especialista é capaz de planejar em detalhes a cirurgia, de acordo com as características da doença de cada paciente.
Como é a cirurgia?
A queilectomia, geralmente, é realizada sob raquianestesia em ambiente hospitalar. A cirurgia é feita por meio de uma incisão na base do dedão do pé, para que o cirurgião tenha acesso à articulação e seja capaz de remover os esporões ósseos e outros tecidos danificados. Após a limpeza completa da articulação, avalia-se a necessidade ou não do realinhamento do dedão através do procedimento de Moberg. Quando necessário, é realizado o corte ósseo na falange próximal do hálux, fixando o mesmo com um parafuso. Em seguida, a incisão é fechada.
Após a cirurgia, o paciente pode ser liberado ainda no mesmo dia para casa, ou em alguns casos, permanecer por uma noite para observação.
Como é o pós-operatório da queilectomia?
O período pós-operatório da queilectomia começa com repouso, em que o paciente deve permanecer por 1 a 2 semanas sem colocar o pé no chão. Após esse período, à medida que se sentir confortável, o paciente pode colocar o pé no chão e fazer pequenas caminhadas pela casa com o auxílio de muletas e sandália específica.
Nos casos em que a osteotomia de Moberg não é necessária, após cicatrização da ferida de pele o paciente pode liberar carga conforme se sentir confortável. Nos casos em que a osteotomia é necessária, é preciso um pouco mais de cautela, uma vez que a consolidação do osso pode levar até 6 semanas. Ainda assim, o paciente é permitido a apoiar o pé no chão a partir da primeira ou segunda semana de pós-operatório.
Possíveis complicações da cirurgia
O risco de complicações após a queilectomia é baixo. No entanto, deve-se lembrar que o hálux rígido pode envolver a degeneração da cartilagem articular. Dessa forma, existem casos onde mesmo após o procedimento, o paciente pode manter algum grau de dor. Existe também o risco de haver evolução do desgaste articular com o tempo, levando a quadro de dor após anos da cirurgia.
Ainda assim, de maneira geral a queilectomia promove excelentes resultados no tratamento do hálux rígido, contanto que indicada nos casos apropriados, em que não há desgaste articular excessivo.
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Fontes: