Fale conosco pelo WhatsApp

O joanete pode voltar após cirurgia?

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Por: Publicado em 24 maio, 2023

As alterações estruturais ósseas do hálux valgo, mais conhecido como joanete, têm tratamento. Saiba quais as melhores opções e se o joanete pode voltar após cirurgia.

Mais conhecido como joanete, o hálux valgo se caracteriza por uma deformidade estrutural dos ossos do pé, causando desalinhamento das articulações e ossos dos pés. Além de causar uma deformidade aparente, também pode gerar dor e dificuldade para utilização de calçados.

O principal fator para surgimento do hálux valgo se dá por conta da herança genética. Contudo, existem outras causas, como:

  • Uso de calçados inadequados, como sapato de salto alto ou bico fino;
  • Doenças reumatológicas, como a artrite reumatoide;
  • Enfermidades neurológicas, tais quais o AVC, trauma medular e paralisia cerebral;
  • Hiperfrouxidão ligamentar.

O primeiro fator explica a maior presença do joanete em mulheres. A proporção entre mulheres e homens afetados pelo problema é de aproximadamente 10 para 1. Felizmente, o joanete tem tratamento.

Em casos leves, a adequação no uso de sapatos como os citados previamente pode ser suficiente para prevenir sua evolução e aliviar os sintomas. Já nos casos mais graves, que causam dor e limitação ao paciente, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. Entretanto, muitas pessoas acabam “fugindo” deste caminho por medo do joanete recidivar. Continue lendo para entender se o joanete pode voltar após a cirurgia.

Quando a cirurgia para joanete é indicada?

Por ser um procedimento que envolve cortes ósseos, a cirurgia pode ser indicada nos casos em que o paciente apresenta sintomas devido a deformidade. Os sintomas podem incluir dores rotineiras para atividades diárias, inflamações constantes sobre o joanete ou dificuldade para utilizar calçados fechados.

O joanete pode voltar após cirurgia?

O maior medo dos pacientes quando se trata do hálux valgo é se o joanete pode voltar após cirurgia. De maneira simplificada, há o risco de recidiva, porém as chances são muito pequenas quando todos os cuidados necessários são tomados.

Atualmente, de acordo com a literatura, as chances de recidiva do joanete variam entre 3% e 16%. É importante frisar que sua reincidência depende muito das características próprias do paciente, além do procedimento cirúrgico em si.

Mas, afinal, quais são os fatores de risco associados a recidiva do joanete?

  • Fatores anatômicos: hiperfrouxidão ligamentar e alterações ósseas específicas;
  • Doenças sistêmicas: artrite reumatoide, gota, doenças neuromusculares, Síndrome de Marfan e Ehlers-Danlos;
  • Questões comportamentais: pacientes que não seguem as orientações pós-operatórias ou que continuam usando excessivamente calçados inadequados;
  • Fatores cirúrgicos: existem dezenas de tipos de procedimentos descritos para a correção do hálux valgo. A realização de um procedimento inapropriado, que não corrige adequadamente o tipo de joanete do paciente resulta em maiores chances de recidiva;
  • Questão técnica: a cirurgia deve ser feita de forma tecnicamente adequada, com correção completa da deformidade. Por isso, a importância de realizar a cirurgia com um profissional especializado no tratamento desse tipo de problema.

Como minimizar os riscos da falha da cirurgia de joanete?

Conforme explicado, sua ocorrência é incomum, mas o joanete pode voltar após cirurgia. Todavia, existem formas de minimizar os riscos de recidiva do joanete. Obviamente, doenças e fatores anatômicos intrínsecos do paciente não podem ser alterados. Porém, há uma série de fatores que estão sob controle do paciente e do cirurgião.

Uma avaliação detalhada, desde a história completa do paciente, passando pelo exame físico até a realização de exames de imagem, são fundamentais para se determinar todos os detalhes do problema do paciente e decidir-se pelo tratamento mais adequado. Esta etapa garante uma melhor abordagem de tratamento, individualizada e pensada para cada paciente. Uma vez que a escolha do procedimento apropriado para o tipo de joanete do paciente e a realização da intervenção de forma tecnicamente correta é fundamental, é essencial que o paciente escolha um profissional altamente capacitado para esse tipo de procedimento, com experiência suficiente para se preocupar com todos esses detalhes.

Em determinadas ocasiões, o ortopedista experiente poderá inclusive mudar o plano cirúrgico para pacientes com risco aumentado de recidiva, minimizando assim seus riscos.

Após a cirurgia, alguns outros cuidados relativos ao paciente, que normalmente já temem o fato de que o joanete pode voltar após cirurgia (mesmo que as chances sejam pequenas), são essenciais. Entre eles:

Respeitar as orientações pós-operatórias

Existe uma série de cuidados que devem ser tomados logo após a cirurgia, entre eles o repouso relativo, o uso de calçados específicos, a manutenção do pé para cima para evitar inchaços e o acompanhamento médico semanal para realização de curativos especiais, mantendo-se a correção da deformidade. Em geral, os pacientes são bastante colaborativos nessas questões, já que muitos têm medo de que o joanete pode voltar após cirurgia.

Na maioria dos casos, o paciente já pode pisar logo após a cirurgia, utilizando um calçado específico para esse fim. Mas isso não significa que ele possa voltar à rotina de vida normal imediatamente. É imprescindível que, durante a recuperação inicial, o paciente não abuse nas atividades, para permitir a consolidação óssea adequada e evitar o inchaço excessivo. Para esse fim, o paciente deve manter, quando possível, o pé elevado e manter um repouso relativo, que ajudam a reduzir o inchaço.

Vale ressaltar que isso não significa que o paciente precisa ficar em repouso absoluto, mas sim que as atividades diárias devem ser retomadas gradualmente conforme orientação médica. Tenha sempre em mente que o objetivo é minimizar o risco e afastar o medo de que o joanete pode voltar após cirurgia.

Mudança de comportamento com calçados

Em geral, após uma cirurgia de joanete, a paciente é capaz de voltar a utilizar vários tipos de calçados que antes parecia impossível. No entanto não se pode abusar. O uso excessivo de sapatos de salto alto ou bico fino está associado ao aumento no risco de recidiva do joanete. Sabendo disso, redobre a atenção e os cuidados na hora de escolher um sapato, focando sempre na distribuição de peso e no conforto.

Ainda falando da escolha de calçados, dê preferência para sapatos de bico quadrado ou arredondado. No geral, fugir de sapatos com saltos maiores que 3 cm é ideal. Modelos Anabela são uma boa opção por distribuírem melhor o peso e evitar o excesso de pressão nos dedos.

Não deixe de se manter informado e de se consultar com um profissional especialista em joanete, para se minimizar os riscos de recidiva do hálux valgo. O Dr. Guilherme Honda é um profissional com ampla experiência no tratamento dos joanetes, já tendo publicado inúmeros artigos científicos sobre o tema nas mais importantes revistas internacionais de ortopedia.

Entre em contato com o Dr. Guilherme Honda e agende sua consulta.

 

Referências:

Saito, Guilherme Honda et al. Management of the Tarsometatarsal Joint in the Rotational Correction of Hallux Valgus by the Modified Lapidus Procedure: Intraoperative Technical Tips to Prevent Complications. Foot Ankle Specialist. 2021.

Saito, Guilherme Honda et al. Is first metatarsal shortening correlated with clinical and functional outcomes following the Lapidus procedure? International Orthopaedics. 2021.

Saito, Guilherme Honda et al. Correlation of first metatarsal sagittal alignment with clinical and functional outcomes following the Lapidus procedure. Foot and Ankle Surgery.

Saito Guilherme Honda et al. Impact of forefoot width variation on clinical and functional outcomes following the Lapidus procedure. Eur J Orthop Surg Traumatol. 2023

Como podemos te ajudar?

Nossa devoção se mostra no atendimento integral que prestamos aos nossos pacientes. Todos nós do consultório Dr. Guilherme Honda Saito estamos comprometidos com nossa missão: ajudá-lo a ter uma vida mais saudável.