O tratamento da condição normalmente é feito a partir de metodologias conservadoras, sendo focado principalmente na prevenção de lesões e desgastes. Os principais cuidados necessários envolvem prática de atividades físicas específicas e adaptação dos sapatos utilizados, embora alguns casos possam também necessitar de fisioterapia.
Alguns anos atrás, era muito comum a recomendação de uso de botas ortopédicas e palmilhas especiais com o intuito de ajustar a curvatura do pé. Este tipo de conduta, entretanto, já não é mais recomendado pela comunidade médica, e muitos especialistas apontam que a característica rígida deste tipo de calçado pode ser até prejudicial para os músculos da criança — além do possível trauma psicológico relacionado ao uso das botas.
A escolha dos calçados da criança com pé chato deve ser feita com base principalmente na proteção dos pés, sendo ideal que os sapatos possuam uma estrutura com suporte adequado e com solado firme. Em casos específicos, as palmilhas podem ser úteis para proporcionar maior conforto à pisada.
A cirurgia de pé chato é indicada nos casos em que os cuidados conservadores não foram capazes de controlar o problema, resultando em deformidade ou dor intensa. A realização da intervenção deve ser avaliada criteriosamente por um ortopedista especializado, que poderá indicar se o procedimento é realmente a melhor forma de garantir conforto e qualidade de vida ao paciente.
Fontes:
Saito, Guilherme Honda, et al. Subluxation of the Middle Facet of the Subtalar Joint as a Marker of Peritalar Subluxation in Adult Acquired Flatfoot Deformity: A Case-Control Study. J Bone and Joint Surgery – Am 2019.
Saito Guilherme Honda et al. Combined weightbearing CT and MRI assessment of flexible progressive collapsing foot deformity. Foot Ankle Surg. 2020.