A lesão é bastante comum em bailarinos ou praticantes de esportes que exigem movimentos repetitivos de flexão plantar forçada
A síndrome do impacto posterior do tornozelo é uma patologia caracterizada por uma dor profunda na parte de trás do tornozelo. Essa lesão ocorre principalmente ao realizar movimentos de flexão plantar forçada, quando o pé é esticado totalmente para baixo ou quando a pessoa permanece na ponta do pé.
Esse tipo de problema é bastante comum em bailarinos ou atletas que exercem movimentos repetitivos de flexão plantar forçada, como ginastas, jogadores de futebol, saltadores e praticantes de corridas em descidas. Além desses casos, a síndrome do impacto posterior do tornozelo também pode surgir em mulheres que utilizam sapatos de salto alto com muita frequência.
Principais causas da síndrome do impacto posterior do tornozelo
As principais causas da síndrome do impacto posterior do tornozelo são alterações anatômicas nessa região. Um exemplo é a presença de um osso acessório, chamado de os trigonum, que acaba causando um impacto na parte de trás do tornozelo durante a realização de movimentos de flexão plantar forçada. Outra causa importante é o processo de Stieda, que é um prolongamento anormal da porção posterior do osso do tálus.
Ainda assim, a maioria das pessoas com essas alterações ósseas não apresentam sintomas. No entanto, algumas podem desenvolver essa síndrome, principalmente nos casos de movimentos repetitivos de flexão plantar forçada do tornozelo.
Encontra-se com essa condição? Agende sua consulta com um ortopedista!
A síndrome do impacto posterior do tornozelo apresenta sintomas?
O principal sintoma é uma dor pontual na região posterior do tornozelo, que pode piorar com o movimento de forçar os pés para baixo ou ficar na ponta do pé. Em alguns casos, pode ocorrer inchaço e inflamação local. As principais atividades que desencadeiam esse movimento, e consequentemente os sintomas, são:
- Balé;
- Saltos;
- Descer escadas;
- Corridas em descidas;
- Futebol.
Como o diagnóstico é realizado?
Primeiramente, o diagnóstico da síndrome do impacto posterior do tornozelo pode ser realizado de forma clínica, pois, no exame físico, é possível identificar a dor exacerbada ao realizar o movimento de flexão plantar forçada no pé do paciente.
O diagnóstico é confirmado com exames de imagem, sendo possível visualizar a presença dos trigonum ou do processo de Stieda em radiografias. Porém, o melhor exame para confirmar a síndrome do impacto posterior do tornozelo é a ressonância magnética, que pode revelar a presença de anormalidades ósseas e do processo inflamatório dentro do osso, sinal de que o mesmo está sofrendo uma sobrecarga mecânica. A ressonância também é útil para descartar diagnósticos diferenciais ou patologias associadas, como as tendinopatias ou lesões do tendão flexor longo do hálux ou a bursite retrocalcaneana.
Tratamento da síndrome do impacto posterior do tornozelo
Inicialmente, o tratamento pode ser realizado de forma conservadora com medidas que incluem:
- Repouso;
- Aplicação de gelo no local;
- Adequação de atividades físicas com diminuição dos exercícios que promovem a flexão plantar forçada;
- Fisioterapia;
- Medicações anti-inflamatórias para aliviar as dores;
- Em alguns casos, infiltrações.
Quando o tratamento cirúrgico é recomendado?
Nos casos em que o tratamento conservador não se mostrar eficaz para o alívio das dores, a cirurgia pode ser recomendada. Atualmente, a artroscopia é uma técnica que tem demonstrado ótimos resultados na resolução de casos de síndrome do impacto posterior do tornozelo.
A técnica, minimamente invasiva, consiste em realizar dois pequenos furos na parte de trás do tornozelo, sendo que, por um deles, insere-se uma câmera que mostra imagens internas do tornozelo, enquanto pelo outro é possível realizar a remoção do tecido ósseo que está causando o impacto posterior do tornozelo.
Como prevenir a síndrome do impacto posterior do tornozelo?
Basicamente, a melhor forma de prevenção é evitar ou diminuir a intensidade de atividades que exigem o movimento de flexão plantar forçada do tornozelo.
Se ainda ficou com dúvidas sobre a síndrome do impacto posterior do tornozelo, entre em contato com o especialista em pé e tornozelo, Dr. Guilherme Honda, e agende uma consulta.
Fonte: