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Lesões de sindesmose

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

As lesões de sindesmose podem causar dor e instabilidade no tornozelo, podendo ser isoladas ou associadas a fraturas no tornozelo

As lesões de sindesmose afetam o tornozelo na articulação localizada entre a tíbia e a fíbula, os dois ossos da perna. Essa articulação é estabilizada pelo conjunto de ligamentos da sindesmose, e sua função é essencial para a estabilidade e o movimento adequado do tornozelo.

Este tipo de lesão geralmente ocorre devido a forças torcionais aplicadas à articulação, resultando em estiramento ou ruptura desses ligamentos.

Ao longo do artigo, falaremos mais a respeito dos tipos de lesões de sindesmose, suas causas, diagnóstico e mais. Boa leitura.

Quais lesões de sindesmose são mais comuns

As lesões de sindesmose mais comuns estão relacionadas a entorses da articulação do tornozelo. Essas lesões podem variar em gravidade e incluem:

  • Lesão isolada da sindesmose ou associada a outras lesões ligamentares: um dos tipos de lesão da sindesmose mais comuns, levando à lesão dos ligamentos da sindesmose e frequentemente de outros ligamentos do tornozelo. Isso pode causar dor, inchaço e, em casos mais graves, instabilidade no tornozelo;
  • Fraturas do tornozelo: em entorses graves do tornozelo, podem ocorrer fraturas do tornozelo associadas a lesões da sindesmose. É importante nesses casos se reestabelecer tanto o alinhamento ósseo quanto a estabilidade ligamentar da sindesmose.
  • Lesão de Maisonneuve (fratura da fíbula proximal): fraturas na parte superior da fíbula (osso da perna) podem frequentemente estar associadas a lesões extensas da sindesmose. Nesses casos, após uma entorse grave a força do trauma se propaga para cima a partir do tornozelo, lesando os ligamentos da sindesmose.

Causas das lesões

Esses tipos de lesões são em geral causados por entorses graves do tornozelo, rompendo os ligamentos da sindesmose e eventualmente comprometendo sua estabilidade. Algumas causas comuns são:

  • Quedas da própria altura;
  • Quedas de escada;
  • Esportes de alto impacto;
  • Entorse devido ao uso de saltos altos;
  • Acidentes de moto.

É importante notar que a gravidade das lesões pode variar, desde estiramentos leves até rupturas completas da sindesmose. A causa e o nível de gravidade da lesão são fatores determinantes para a escolha do tratamento.

Fatores de risco das lesões de sindesmose

Os fatores de risco das lesões de sindesmose geralmente estão relacionados ao envolvimento em atividades físicas ou situações que aumentam a probabilidade de trauma. Atletas que participam de esportes de alto impacto nos pés e tornozelos estão mais suscetíveis a sofrer essas lesões. Uso de calçados esportivos inadequados ou treino em terrenos irregulares também aumentam os riscos.

Além disso, indivíduos com histórico prévio de entorses de tornozelo ou lesões de sindesmose têm maior risco de recorrência. Idosos ou pessoas com diminuição da auto-percepção de equilíbrio e diminuição de força muscular também estão mais susceptíveis a essas lesões.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico das lesões de sindesmose é feito inicialmente a partir da história do paciente e exame físico. No exame é possível se suspeitar da lesão pela localização da dor, grau do edema (lesões da sindesmose costumam inchar bastante) e através de manobras específicas. A avaliação é complementada com exames de imagem. Radiografias são importantes para se avaliar a congruência articular e eventuais fraturas. A ressonância magnética também é importante na visualização da lesão, sua extensão e gravidade, além de avaliar lesões associadas.

No caso de dúvida sobre a presença ou não de instabilidade da sindesmose, o profissional especialista também pode solicitar uma tomografia computadorizada com estresse comparativa dos tornozelos para avaliar se há instabilidade entre os ossos da tíbia e fíbula.

Tratamento das lesões de sindesmose

O tratamento para as lesões depende da gravidade. No caso de lesões que não comprometam a estabilidade, uma abordagem conservadora — imobilização, fisioterapia e repouso — pode ser suficiente.

Já os casos mais graves, com lesões extensas e instáveis, precisam de tratamento cirúrgico. Os casos de lesão da sindesmose não associadas a fraturas podem ser tratados por meio de artroscopia, uma cirurgia minimamente invasiva que consiste na visualização e alinhamento da articulação, com posterior fixação para estabilização da sindesmose.

As fixações da sindesmose costumavam ser feitas com o uso de parafusos rígidos que transfixavam os ossos da tíbia e fíbula. Com o desenvolvimento dos implantes ortopédicos, atualmente o método mais utilizado são os botões de sutura intraósseos, dispositivo capaz de estabilizar a sindesmose mantendo a flexibilidade da articulação. Dessa forma, em geral não é necessária uma nova cirurgia para sua retirada, como acontecia com muita frequência com o uso de parafusos.

Complicações das lesões

As lesões da sindesmose podem resultar em várias complicações se não forem tratadas adequadamente. Uma das complicações mais comuns é a instabilidade crônica do tornozelo, que pode levar a episódios recorrentes de entorse e dor. Outra complicação existente é o impacto de partes moles do tornozelo, patologia que causa dor persistente no tornozelo devido a cicatrização inadequada do ligamento.

Em casos graves, quando a lesão é negligenciada ou há instabilidade residual, pode ocorrer uma degeneração articular progressiva, aumentando o risco de desenvolvimento de artrose no tornozelo.

Qual profissional procurar para o tratamento?

Para o tratamento das lesões de sindesmose, você deve procurar um ortopedista especialista em pé e tornozelo. Esses profissionais podem te auxiliar em todas as etapas, desde o diagnóstico, até o desenvolvimento de um plano de tratamento adequado com base na gravidade da lesão.

O Dr. Guilherme tem amplo conhecimento a respeito das lesões da sindesmose, tendo publicado artigos científicos a respeito do tema. Entre em contato agora mesmo e agende já sua consulta.

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